José Mário Novo
Meu amigo, porque choras
cantador e a viola.
Abrigo é tanta saudade
que até o pensamento chora.
Ai, ai ai, que até o pensamento chora.
Amigo, já fui campeiro
da Terra, eu tirei o pão.
Eu também já fui carreiro
por ser filho do Sertão.
Ai, ai, ai, por ser filho do Sertão.
Dê taipa era o meu ranchinho
do lado tinha um celeiro
quando era de madrugada,
cantava a rei do terreiro.
Ai, ai, ai, cantava o rei do terreiro
Mas depois de muitos anos
Veja só o que aconteceu
Meu Sertão virou cidade
E o que restou foi saudade
Ai, ai, ai e o que restou foi saudade.
Juntei o pouco do que eu tinha
Peguei a minha viola
nesse mundão sem porteira
Lá fui eu estrada fora.
Ai, ai, ai, lá fui eu estrada fora.
De saudades hoje chora.
Um errante cancioneiro.
Mas num passado distante,
fui peão e fui carreiro
Ai, ai, ai, fui peão e fui carreiro
Meu amigo eu já vou indo
Eu tenho que partir agora
É que a estrada está chamando
Eu, e a saudade e a viola
ai, ai, ai, eu, a saudade e a viola.
Nos dias 07, 08 e 09 de julho de 2022, acontecerá na Praça da República em São Simão, o 27º FESICA – Festival Simonense da Canção, com entrada gratuita.
por Renata Robazza Mohap Digital
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